“A indústria de petróleo pode alavancar a transição para uma economia de baixo carbono”, afirma o presidente da ABiogás

A Rio Oil & Gas voltou e, dessa vez, em um formato inédito. Serão quatro dias de evento presencial, com transmissão on-line, na próxima semana, de 26 a 29 de setembro, no Boulevard Olímpico, Região Portuária do Rio de janeiro. São aguardados mais de 40 mil participantes, com a presença de mais de 400 expositores nos mais de 51 mil m² ao longo dos seis armazéns.

Palco de grandes discussões da indústria, a Rio Oil & Gas gera conexões, compartilha conhecimento e é palco de novos negócios, estimulando a economia do setor, nacional e internacional, de óleo, gás e energia.  Durante o evento, o público poderá aprofundar o conhecimento em torno de sete eixos temáticos como Upstream, Midstream & Downstream, Gás Natural & Energia, Indústria do Futuro, ESG, Transição Energética e Transformação Digital. Com mais de 500 participantes de 20 países, o congresso da Rio Oil & Gas apresenta todo o potencial técnico da indústria, e recebe CEO’s e presidentes das maiores empresas do setor.

Confira, a seguir, uma entrevista com Alessandro Gardemann, presidente da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), sobre a participação inédita da associação na Rio Oil & Gas, e sobre o panorama do setor brasileiro de renováveis e a importância do óleo e gás no processo de descarbonização da matriz energética:

• O Brasil é o 2° maior produtor de biocombustíveis do mundo, respondendo por mais de 20% da produção global. Quais são a expectativas da Associação Brasileira do Biogás para o cenário futuro brasileiro e mundial em relação a transição energética?

O Brasil é o país com o maior potencial de produção de biogás do mundo, e pode responder por uma parte importante da expansão da geração elétrica, bem como substituir todo o diesel importado. A ABiogás acredita que o mercado de biogás vai crescer mais de 15 vezes até 2030.

• Quais são as expectativas para a ROG e seus principais objetivos?

Esta vai ser a primeira vez que a ABiogás vai participar e estamos muito felizes de o evento ampliar o olhar para além do setor de petróleo e gás. Queremos contribuir com a transformação desta indústria de petróleo em uma indústria de energia, mostrando o potencial de integração do biogás e do biometano com a cadeia de petróleo para geração de energia elétrica, térmica e combustíveis renováveis.

• Em 2021, o Brasil produziu cerca de 2,3 milhões de metros cúbicos diariamente, mas a expectativa é que a capacidade diária atinja 30 milhões. Qual o papel da indústria de petróleo para alavancar esse cenário?

A indústria de petróleo pode alavancar a transição para uma economia de baixo carbono, aliando as fontes fósseis com as renováveis, fazendo uso da sua infraestrutura e capacidade de desenvolvimento tecnológico para promover esta integração.

• O que as pessoas podem esperar da participação da ABiogás?  Que produtos ou serviços serão apresentados na exposição?

A ABiogás reúne 130 empresas da cadeia de produção do biogás e vai trazer dados e informações deste mercado, além de projeções de investimentos, tendências tecnológicas e exemplos de sucesso.

• É primeira edição da Rio Oil & Gas pós-pandemia, e um novo cenário tem se desenhado com a retomada econômica. Para a sua empresa, qual a importância de estar nestes eventos presenciais? Como você avalia a evolução do evento para o formato presencial com transmissão on-line?

Os eventos presenciais têm grande importância na promoção do networking e no fechamento de negócios, com muito mais eficiência do que eventos virtuais. O formato híbrido é uma tendência, tem suas vantagens, mas especialmente no caso de feiras, o formato presencial permite cumprir o objetivo de fomento de negócios de forma muito mais completa.

• A Rio Oil & Gas é reconhecida por promover debates relevantes sobre o desenvolvimento e consolidação da indústria de óleo e gás no Brasil e no mundo. Quais pautas vocês destacariam como mais urgentes para um fórum como o da Rio Oil & Gas?

Transição (ou transformação) energética, integração da indústria de petróleo com fontes renováveis, descarbonização, mercado de carbono.