Raízen abraça o desafio de, até 2030, ampliar a produção de energias renováveis em 80% | ROG.e 2024

Raízen abraça o desafio de, até 2030, ampliar a produção de energias renováveis em 80%

20/09/2022
Paula Kovarsky, Vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen

De volta ao calendário de eventos do Rio de Janeiro, a Rio Oil & Gas 2022 segue inovando e cada vez abre mais espaço para empresas de energia e fontes renováveis. A Raízen, empresa patrocinado e expositora da Rio Oil & Gas, é uma dessas empresas que durante o evento apresentará toda sua expertise e planejamento para atingir o almejado netzero até 2050.

Segundo Paula Kovarsky, Vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen, a companhia vem ampliando seu portfólio com novas plantas de etanol de segunda geração (E2G), biogás, biometano e bioeletricidade de fontes 100% limpas, trabalhando para que, independente da fonte de energia adotada no futuro, a Raízen esteja preparada para a oferta de soluções à clientes e parceiros.

Com uma meta ambiciosa de erguer, no total, 20 plantas de E2G até o ano-safra 2030’31, a executiva destaca que as plantas já nascem com volumes de produção comercializados, principalmente para o mercado europeu. Já para o Brasil, Paula afirma que a meta é alcançar abrangência nacional até 2025 e aumentar em 80% a produção de energia limpa até 2030.

Confira, a seguir, a entrevista completa com Paula Kovarsky sobre os planos da Raízen para o Brasil, como a indústria pode, e deve, ser protagonista na transição e energética e a importância da Rio Oil & Gas, especialmente como plataforma que impulsionar negócios e networking:

  1. É a primeira edição da Rio Oil & Gas pós-pandemia, e um novo cenário tem se desenhado com a retomada econômica. Como você avalia a evolução do evento para o formato presencial com transmissão on-line? Quais são as expectativas para essa edição e seus principais objetivos?

A evolução do evento é muito positiva, pois traz mais possibilidades de escolha para os participantes, além de proporcionar maior acessibilidade para que pessoas de todo o Brasil conheça novos produtos, serviços e tecnologias que buscam fornecer a energia que irá mover o mundo nos próximos anos.

Este evento é uma ótima oportunidade para empresas do setor apresentarem seus projetos e novidades, podendo impulsionar os resultados dos negócios e promover um networking ainda maior no mercado. E é este nosso objetivo no evento: reforçar a oferta integrada de soluções da Raízen, das mais variadas frentes, para impulsionar os resultados do negócio de novos parceiros. Estamos muito felizes em poder participar desta edição da Rio Oil & Gas.

  • A Raízen atua em todo território nacional não apenas com produtos e serviços ligados à O&G, mas também com portfólio que cobre desde marketing até investimento em fontes renováveis e segmentos de alimentação e bebidas. Quais são os planos da empresa para o Brasil?

Desde nossa fundação, estamos presentes em toda a cadeia de valor, produzindo e comercializando produtos que movem o mundo, sempre pautados por uma sólida agenda ESG. Nosso compromisso é produzir hoje a energia do futuro, liderando a transição energética do Brasil para uma matriz limpa e renovável, buscando a descarbonização de nossa cadeia e apoiando nossos clientes em sua jornada para uma atuação mais sustentável. Oferecemos soluções completas e integradas, gerando valor para clientes, fornecedores, consumidores e acionistas. Utilizamos tecnologias avançadas e baseamos o crescimento do nosso negócio de forma sustentável e alinhado ao nosso propósito.

A cada semestre, batemos recorde de produção e comercialização de E2G na maior planta em operação do mundo, no Parque de Bionergia Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. E nos dá muito orgulho em ter este produto, E2G produzido no Brasil, nas maiores pista de corrida no mundo. Celebramos contratos de exportação de longo prazo com a Shell, que desenvolveu o novo combustível com 10% de E2G que abastece os carros da Ferrari na Fórmula 1 e na Fórmula Indy. E com esta visibilidade mundial para o E2G, demos início à construção de uma nova planta, no Parque de Bioenergia Bonfim, no município paulista de Guariba, e anunciamos a construção de mais duas plantas de etanol celulósico, levando a capacidade total para 280 milhões de litros com 80% em contratos de longo prazo.

Por isso, também investimos na área de eletromobilidade e infraestrutura de recarga elétrica veicular, trazendo ao Brasil o programa Shell Recharge, com previsão de instalação de uma ampla rede com 35 eletropostos de recarga rápida que utilizarão energia renovável nos postos Shell da região Sudeste do país até o final do ano-safra, em março de 2023. Temos uma posição estratégica no mercado de bioeletricidade e já somos a quinta maior comercializadora de energia do país, responsável por cerca de 5% da geração de energia renovável do Brasil, 2 GW de capacidade, sendo 70% centralizada na biomassa e 30% na geração distribuída solar, pequenas centrais elétricas e aterro sanitário.

Com todas estas frentes, desde 2011 já evitamos a emissão de 30 milhões de toneladas de CO2 por meio de nossos produtos, mas temos a ambiciosa meta de atingir 10 milhões de toneladas de CO2 evitados por ano, ampliando o potencial de descarbonização do nosso portfólio. Queremos, cada vez mais, protagonizar a descarbonização do País, e, para isso, traçamos como um de nossos objetivos ter 80% do EBITDA de negócios e fontes renováveis até 2030.

  • A Rio Oil & Gas é reconhecida por promover debates relevantes sobre o desenvolvimento e consolidação da indústria de óleo e gás no Brasil e no mundo. Quais pautas vocês destacariam como mais urgentes para um fórum como o da Rio Oil & Gas?

Precisamos atuar agora na busca de soluções cada vez mais sustentáveis para a questão energética global. A Raízen tem como compromisso produzir hoje a energia do futuro e acelerar o processo de descarbonização da economia para uma matriz energética mais limpa, por isso investimos na produção de soluções renováveis, escalonáveis e sustentáveis baseadas na economia circular da cana-de-açúcar. E temos cada vez mais avançado em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para a descarbonização global.

  • Falando em descarbonização, o Brasil é apontado como um dos possíveis protagonistas da transição energética mundial. E a Raízen segue investindo em etanol de segunda geração (E2G), biogás, bioeletricidade e geração de energia solar. Para a empresa quais são as expectativas e desafios em relação ao crescimento dos combustíveis renováveis?

Com o desenvolvimento de potenciais novas fórmulas e soluções, é possível melhorar ainda mais a eficiência dos biocombustíveis e contribuir para a expansão e adoção destes produtos por mais consumidores, resultando em uma matriz energética com menor impacto ambiental não só no Brasil, mas no mundo todo.

Na Raízen, apostamos e antecipamos soluções renováveis para facilitar a descarbonização. Além do etanol de primeira geração, que permite uma redução de 80% das emissões na comparação com a gasolina, temos a cogeração de eletricidade a partir do bagaço da cana-de-açúcar; o etanol de segunda geração (E2G), que emite 30% menos que o etanol tradicional; biogás e biometano; energia solar e outras fontes que vamos integrando ao nosso ecossistema. Acreditamos na produção de renováveis como uma das principais vias para a descarbonização e definimos a meta de ampliar a produção de renováveis em 80% até 2030.

Estamos investindo no desenvolvimento de novas tecnologias para produção de biocombustíveis avançados, para aplicação em setores de difícil transição energética. Recentemente, firmamos um acordo com a Embraer para desenvolvimento do SAF (Combustível de Aviação Sustentável), reforçando nosso posicionamento de líder e desenvolvedora do mercado de E2G. Também anunciamos parceria com Shell, USP, Hytron e Senai para desenvolvimento de plantas de produção de hidrogênio renovável (H2) a partir do etanol e uma estação de abastecimento veicular (HRS – Hydrogen Refuelling Station) no campus da USP, o primeiro posto a hidrogênio de etanol do mundo. Ônibus utilizados pelos estudantes e visitantes da Cidade Universitária receberão motores equipados com células a combustível (Fuell Cell) e serão abastecidos com hidrogênio renovável nestas HRS, uma solução de baixo carbono para transporte pesado.

Etanol 2G – Unidade Produtora de Costa Pinto COPI Cessão de imagem do fotógrafo por período indeterminado. Mídias: qualquer material de comunicação interna; qualquer material institucional de mídia impressa; Comunicação Institucional em canais digitais. Ver documento anexo.

Os novos biocombustíveis avançados podem ser ainda mais sustentáveis com a produção a partir do etanol da cana-de-açúcar. Essa matéria-prima é uma das fontes mais eficientes na conversão de energia solar em biomassa acessível e é a base do nosso negócio.

É fácil entender as vantagens do etanol de cana ao compararmos com a cultura de milho, cereal usado na maior parte da produção global de biocombustível. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), um hectare de cana produz em média 8 mil litros de etanol, enquanto a mesma área plantada de milho produz 3 mil litros de etanol. Pensando na conservação do solo, a cana tem um ciclo de cultura semi-perene, que necessita de replantio em média a cada seis anos. Já o milho precisa ser replantado anualmente.

Os subprodutos da cana também têm maior valor agregado, já que podem ser reutilizados, recuperados e reciclados como materiais e energia. A vinhaça e a torta de filtro são usadas para a geração de energia em nossa planta de biogás. Do bagaço da cana produzimos energia elétrica para uso próprio e comercialização, além de servir como insumo para a produção de E2G, que amplia em 50% nossa produção de etanol sem necessidade de aumentar a área de plantio.

Um dos principais desafios relacionados à expansão da produção de biocombustíveis é a falta de políticas públicas estáveis, que valorizem e promovam o desenvolvimento adequado destes produtos. É preciso mapear os principais riscos das mudanças do clima para o negócio com olhar de longo prazo, identificando as ações de mitigação necessárias para geri-los.

  • O que as pessoas podem esperar da participação da Raízen, patrocinadora do evento? Que produtos ou serviços serão apresentados na exposição?

A Raízen tem como propósito redefinir o futuro da energia, oferecendo um portfólio completo de soluções limpas, sustentáveis e inovadoras, sempre atenta às mais complexas demandas da sociedade para ampliar e democratizar as alternativas de descarbonização da economia global. Buscamos, cada vez mais, extrair todo o potencial energético da cana, de onde produzimos etanol de primeira e segunda geração, biogás, biometano e bioenergia. Quem visitar a Rio Oil & Gas poderá conhecer nossos produtos e serviços para uma matriz energética mais limpa e renovável.

A Rio Oil & Gas é patrocinada por Petrobras, Ambipar Response, Equinor, Shell, TotalEnergies, Vibra, Ipiranga, Raízen, BP, Bunker One, Chevron, ExxonMobil, Karoon Energy, Modec, Galp, PETRONAS, Repsol Sinopec, 3R Petroleum, Acelen, Siemens Energy, Trident Energy, Braskem, Enauta, Halliburton, MCDermoott, NTS, PECOM, PRIO, Salesforce, Saipem, Subsea 7, AET, Baker Hughes, DOW, Fluxys, Oracle, Perbras, Solvay, TAG, TBG, Techint, Vallourec, Wintershall Dea e WTW.

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